O vício em internet é um mal real que tem afetado milhares de pessoas ao redor do mundo. O uso excessivo da rede passou a interferir diretamente nas relações humanas, fazendo a tecnologia se sobressair ao mundo real.
Mas de que forma isso tem afetado o sono das pessoas? Afinal, podemos mesmo relacionar o vício da internet às causas de insônia e desânimo?
Dados sobre o vício na Internet
Existem registros de que nunca passamos tanto tempo no celular quanto agora. Uma pesquisa feita pela consultoria Annie Intelligence, constatou que as horas gastas em aplicativos saltaram 45% em todo o mundo entre 2019 e 2021. No Brasil, esse número aumentou durante a pandemia, tornando o país o primeiro lugar do ranking quando o assunto é tempo na internet. No total, atingimos a meta de cinco horas diárias.
Já um estudo publicado na Revista Sleep Medicine Reviews, informou que em 2018, a população mundial somava 4 bilhões de pessoas com acesso à internet. O número é 50% da população do mundo, o que nos faz entender que somos muitos nessa imensidão das redes.
A maior parte das pessoas presentes nesta estatística, são jovens e adolescentes, embora adultos também tenham uma grande parcela do percentual.
Nesse contexto, precisamos diferenciar a internet em dois pontos: o lado positivo, usada para diminuir a distância geográfica, aumentando a comunicação e integrando pessoas ao redor do mundo e o lado negativo: em que o uso excessivo inibe a vida social, tornando a pessoa introvertida, solitária e diminuindo a autoestima.
Dessa forma, fica claro que o uso problemático das redes implica diretamente em problemas sociais, podendo chegar às patologias causadas por vícios comportamentais, como a depressão e ansiedade.
“Vários estudos indicam uma relação entre esse comportamento e alterações no sono, como redução do tempo de sono, maior propensão a dormir mais tarde, insônia, maior queixa de fadiga, sonolência diurna e outros transtornos”, cita ainda o artigo da Sleep Medicine Reviews.
A importância do sono
Dormir bem é importante para repor as energias gastas diariamente. Durante o período do sono, nosso organismo se restaura e o nosso metabolismo é regulado, sendo estes dois fatores diretamente ligados ao nosso bem-estar.
Por isso que, em média, cada indivíduo precisa dormir até 8 horas por dia, para poder manter o ritmo diário e o equilíbrio entre o corpo e a mente. Esse tempo varia de acordo com a idade e cada ser humano deve se adaptar ao seu. O importante é que exista essa constância para manter a nossa saúde.
Dormir bem interfere diretamente na:
• Manutenção do peso saudável para cada corpo;
• Diminuição do risco de doenças cardiovasculares;
• Redução do estresse;
• Aumento da concentração;
• Melhora do humor.
Qual a relação entre o vício na internet e os transtornos do sono?
Com o surgimento das redes sociais e jogos com perspectivas cada vez mais reais, o problema de sono cresceu muito entre os jovens, já que a maioria passou a trocar a noite pelo entretenimento.
De acordo com o artigo da Revista Sleep Medicine Reviews “alguns estudos tentaram avaliar a qualidade do sono nessa população, mas em uma parcela não foi possível encontrar uma relação significativa. Nos que foram encontradas uma relação, a gravidade foi variável (enquanto um reportou uma associação de 52% com transtornos do sono, outro afirmou ser 3 vezes maior do que nos usuários não patológicos)”, explica.
Portanto, existem precedentes de que se expor a esse tipo de atividade, principalmente à noite, acabará atrapalhando a rotina e a agitação, impedindo o sono. Além disso, o uso intenso da tela azul, presente na maior parte dos equipamentos eletrônicos, também está ligado a esses transtornos, visto que está associada à diminuição da secreção de melatonina e a dificuldade para pegar no sono e despertar.
Como lidar?
Se conhecer ou estiver passando por esses distúrbios do sono, busque ajuda antes que a insônia se prolongue e comece a refletir em sua saúde. É importante entender o que tem sentido e desde quando isso passou a ser um problema para você.
Eu também posso ajudar! Sou psicólogo, com especialização em Terapia Cognitivo Comportamental e atuação na área há mais de 15 anos. Se quiser conversar, clique aqui e envie uma mensagem.